Indisciplina Autorizada: de quem é a culpa ?

Indisciplina Autorizada: de quem é a culpa ?Educar  nos dias de hoje, não é o mesmo que educar há 40 anos atrás. A sociedade mudou  e as famílias também mudaram.  Tudo a nossa volta mostra-se com limites muito mais flexíveis e frouxos.  Assim temos hoje, a  indisciplina generalizada  e autorizada pelos  meios de comunicação, pela nossa cultura e pelas famílias.  Nós, os Educadores somos os únicos que ainda defendem os valores de 40 anos atrás.

Talvez sejamos um dos poucos segmentos, no planeta inteiro, que preza, ensina e cobra nas crianças e nos jovens, atitudes  pautadas  em princípios, valores e firmeza de caráter.

Seríamos nós ,  seres tão “jurássicos” e ultrapassados a ponto de sermos um dos poucos que rema e caminha contrário a essa crescente corrente de  corrupção, indisciplina, falta de moral, de princípios e  caráter ?

Somos aqueles que apontam, ensinam, corrigem, cobram , porém ao apontarmos estamos expondo a negligência e incompetência das famílias na correta educação dos filhos, negligência esta que tem um preço alto, e quem paga é a sociedade e todos aqueles que  nela vivem ou viverão.

Enquanto isso chegam nas nossas salas de aula, diariamente, crianças e jovens com seus fones de ouvido, seus celulares, seus comportamentos debochados e indisciplinados,  seu linguajar rude e desrespeitoso, que sentem-se autorizados, pela família (que não lhes deu a devida educação) e muitas vezes também pela Escola (quando não dispõem de mecanismos de gerenciamento efetivo dos espaços e na criação de normas disciplinares padronizadas para todos os professores) e dos Gestores (que  em muitos casos não oferecem o apoio e o respaldo que o professor precisa para que seja aplicada a devida correção).

O vilão da estória, causador de todas estas situações ?  é o Professor ! afinal é ele  que vive “pegando no pé” dos alunos, é ele que vive reclamando da indisciplina, é ele que sempre vem com aquela mesma “lenga-lenga” de que o aluno tem de desligar o celular, guardar o fone de ouvido, fazer a lição, fazer silêncio.

O resultado dessa negligência moral e da indisciplina autorizada é que o discurso do Professor, fica perdido, sufocado em um emaranhado  de percepções e valores controversos. As próprias famílias ensinam e estimulam que os filhos revidem e não levem “desaforos para casa”, os filhos por sua vez convivem com pais que gritam, se agridem física e verbalmente e  não são bons exemplos de conduta.

Assim fica fácil encontrar  o vilão , pois o único que destoa de tudo isso é  o Professor, e como tal  precisa ser visto como vilão da estória,  pois só assim todos os demais envolvidos se eximem da culpa e da responsabilidade por estarem negligenciando com seus deveres.

Os pais precisam culpar alguém pelo fracasso dos filhos, os alunos precisam achar um “Judas para malhar “ e alguns Gestores precisam de um bode  expiatório  para levar a culpa.

Será que esse papel  é  meu ?

Diz o ditado popular “ a voz do povo é a voz de Deus”, ditado esse que discordo veementemente.  Muitas vezes as pessoas se juntam, e se apoiam dentro de um único ponto de vista pois unidos em um grupo acreditam que suas atitudes são legitimadas.

Por esta razão não se engane em acreditar que você é o vilão da estória, só porque as famílias ou os alunos  precisam de um bode expiatório . Não caia no grupo da autocomiseração, nada de sentir “dodói”, querer abandonar a profissão, jogar tudo para o alto alegando que não vale a pena. Já dizia Fernando Pessoa: “tudo vale a pena se a alma não é pequena”.

Ao entrar em uma sala de aula, não devemos fazê-lo de forma ingênua ou despreparada. Não estamos lá apenas para dar aulas, ou cumprir o livro didático. É preciso que fique claro qual o seu real papel dentro do grande contexto que é educar.

O  que pode ser feito ?

Existem  algumas  maneiras de lidar com a indisciplina dentro da Escola:

1) tratar com indiferença e fazer de conta que não se importa e deixar “rolar”

2) obrigar os pais e alunos,  por meios legais ou com  medidas enérgicas e ameaças a tomar providências

3) não fazer nada e esperar outros  tomarem atitude

4) mudar de  profissão devido ao esgotamento nervoso

5) criar estratégias para minimizar, contornar ou corrigir uma situação

Conclusão:

Pais negligentes sempre existirão bem como  Alunos debochados e indisciplinados. Teremos de conviver com  Gestores despreparados e talvez ainda , por um bom tempo com uma  Legislação paternalista e  Políticas Públicas precárias. O fato é que o grande cenário precisa de mudanças, urgentes e profundas, no entanto jamais aceite ser tratado como vilão.

Professor não é vilão. O Professor faz parte da  solução !

No próximo  artigo discutirei os 5 itens acima. Enquanto isso envie seus comentários.

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Recursos:

Para Professores: Filme  “Muito Além da Sala de Aula”

planejamento escolar

Gestão da Sala de Aula

Roseli Brito: Pedagoga, Psicopedagoga, Neuroeducadora, Educadora Financeira

142 Comentários

  • Ananias Alves de Souza

    Professora Roseli.
    Apenas obrigado pelas palavras do seu artigo, obrigado e obrigado!!

  • terezinha

    Boa tarde!!!Roseli.
    Adorei seu texto ou melhor, todos os textos escrito por você. Eu me sinto desta forma, parece que o texto foi feito para mim.Precisamos ter muita fé em Deus e erguer a cabeça e continuar em frente.
    Abraço…

  • Denise

    Gostei do seu texto e concordo com tudo que disse, pois venho sofrendo principalmente com o descaso da própria escola que coloca regras e quando nós professores tentamos segui~las, não temos o apoio necessário, e com isto muitas vezes faço como você disse, finjo que não vejo. Absurdo eu ter que fazer isto, mas se não o fizer, eu quem estarei errada.
    Um abraço

  • NÁDIA RIOS

    O PIOR É QUE ESSE MAL NÃO É SÓ DA ESCOLA PUBLICA NÃO. NA ESCOLA PARTICULAR A PERMISSIVIDADE DOS DIRETORES QUE QUEREM ” ESTAR BEM COM OS PAIS DEIXAM OS PROFESSORES EM MAUS LENÇÓIS.
    É A FALÊNCIA DA EDUCAÇÃO!!!!!!!!!!!
    AONDE VAMOS PARAR?????????????????

  • Tania

    Roseli,
    Cada leitura que faço dos seus textos, sempre procuro refletir e aplicar na prática. Parece que você está ali na sala de aula observando e registrando para construções dos seus textos. Tudo que descreve faz sentido.
    Parabéns!!!! Valeu pela força!

  • ELIZABETH

    Roseli, obrigado por voce existir e entender isto.
    O NOME DEVERIA MUDAR PARA DISCIPLINÁRIO OU XINGADOR E NÃO PROFESSOR POIS É ASSIM QUE ME SINTO. ESTUDEI PARA LECIONAR POREM EXERÇO OUTRA PROFISSÃO A DE XINGADOR OU DISCIPLINÁRIO.

  • ELIZABETH

    O NOME DEVERIA MUDAR PARA DISCIPLINÁRIO OU XINGADOR E NÃO PROFESSOR POIS É ASSIM QUE ME SINTO. ESTUDEI PARA LECIONAR POREM EXERÇO OUTRA PROFISSÃO A DE XINGADOR OU DISCIPLINÁRIO.

  • ivoneide costa silva

    Roseli conhecer vc foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida principalmente na sala de aula.obrigada!!!!!!!!!!!!vc é simplesmente extraordinaria!!!!!!!!!

  • Joaquim

    Muito interessante o seu comentário. Hoje mesmo, numa reunião de módulo em minha escola, falei aos meus colegas de que precisamos ter mais atitudes para nos valorizarmos diante da direção, dos alunos e do governo. O pessoal me ouviu em silêncio.

    A educação e os educadores foram escolhidos para serem o bode expiatório destas mazelas citadas por você – e acrescento – para serem roubados em seus salários e sua dignidade.

  • Neusa

    Esse assunto veio na hora certa, amei tudo que li.Maravilhoso, pois estava refletindo muito sobre a minha atuação como educadora, enfrentando situações com alunos debochados. obrigada

  • ivoneide costa silva

    para mim é um presente!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!cada dica é´mais gratificante que a outra

  • Madoka Matsumoto

    Olá Sra. Roseli,

    Suas constatações e dicas vem diretamente ao encontro de nossas constantes preocupações e agradeço muito pelo tom realístico. Muitos já expressaram o que ocorre, mas eu gostaria de sugerir algumas das soluções para a omissão da família. Se o governo implementasse um sistema de a família se responsabilizar em prepará-lo para nivelar no conhecimento mínimo obrigatório, tudo melhoraria. Como? Nós vamos oferecendo recuperação contínua bimestral, e a cada bimestre o aluno teria que responder um formulário onde exigiria assinatura dos responsáveis e nesse formulário poderíamos perguntar se o aluno entregou os trabalhos, se fez as tarefas de casa, se prestou atenção e perguntou as dúvidas nas aulas, se mostrou o caderno em ordem, se fez a leitura orientada dos livros indicados, se não faltou nenhuma aula e se faltou procurou saber o que ele perdeu ao não ter assistido a aula. E no final do ano, apurar juntamente com as notas dos provões
    os formulários assinados pelos responsáveis e aquele que na média não obtiver o mínimo obrigatório, ficaria a cargo da família fazê-lo estudar para a prova de fevereiro do no seguinte para prosseguir a série seguinte. Somente quem tirar no mínimo nota 5 nessa 2ª época de fevereiro passaria de série. Só assim resolveríamos essa infinidade de problema e rebaixamento no nível de aprendizagem. A escola tem de fazer a sua parte sim, mas o próprio interessado é que deve ter a participação e interesse em seguir as orientações recebidas e ter responsabilidade sobre a sua própria aprendizagem, não os outros. Do contrário o aluno nunca vai se interessar se não for cobrado e conscientizado do seu dever. Os professores falam e tentam conscientizar nas aulas, mas como o sistema não condiz, ele parte para o mais cômodo e culpa os professores como incapazes em conquistá-lo.

  • Arlete

    Boa Noite, Roseli!

    Amei este texto. Parabéns por conseguir colocar em um texto, de forma tão clara e precisa, tudo aquilo que sentimos, vivemos e não conseguimos solucionar. Rsss às vezes a situação é tão dramática que nem conseguimos nos expressar como gostaríamos… Abraços e obrigada pela brilhante contribuição…

  • Andreia

    Boa noite!!!Roseli.
    Adorei seu texto ou melhor, todos os textos escrito por você. Eu me sinto desta forma, parece que o texto foi feito para mim.Precisamos ter muita fé em Deus e erguer a cabeça e continuar em frente.
    Abraço…

  • vanda

    vanda
    março17/3/2012

    Olá adorei o artigo,formei em abril de 2011 em lincenciatura em Historia.
    Confesso que no meu estagio tive medo onde passei uma situação com um aluno com um estilete tentando cortar o colega,sem experiencia mandei ele sair e fazer fora do colegio ,me acharam doida mas eram alunos com idade avançada estudando durante o dia.Como sou evangelica mencionei a palavra amém ,fiquei conhecida como a pró do amém!Tenho uma filha de 24 anos, onde fui pai e mãe,e aprendi um segredo os pais tem que dar limites e assumirem seu papel de educadores dentro de seus lares,mais confesso que perdi o estimulo para sala de aula.Acho que tem que ser feito é uma reformulação na legislação do Estatuto direito do menor.

  • joelma carvalho

    Amei. até que em fim alguem falou a minha lingua.

  • Lucia

    Lamentavelmente chegamos a esse momento lastimoso. Há vinte e três anos leciono na rede pública de ensino, mas, ultimamente tenho entrado em sala de aula angustiada e com medo. Em 2011, tinha um aluno ( um rapaz), bem maior que eu, no 8º ano, que debochava de mim o tempo todo, se achava o dono da escola, fazia tudo aquilo que ele (aluno) julgava correto, a equipe gestora em nenhum momento se posicionou ou conversou com este aluno, resultado, esperava terminar o ano e me ver livre daquela criatura, mas, para surpresa minha, em 2012, ao adentrar a sala de aula, lá estava ele, irônico, crítico, arrogante, cheio de direitos. Na primeira aula sentou no fundo da sala, juntou-se a outro aluno (novato na escola, que segundo informações já responde a processo, tem 19 anos, e, durante toda a aula estirava a lingua, ria, gritava, parecia um louco, mas como eu já o conhecia, sabia que era mesmo pra tentar me tirar do sério, tentei dialogar com o mesmo, afinal, já sei as condições em que irei caminhar mais um ano, mas, de nada adiantou (suas respostas eram: sei lá!). Há quatro semanas as aulas tiveram início, em uma das aulas, não conseguí me controlar, ameaçei chamar a polícia, em seguida, parei, respirei fundo e me acalmei. Ao final da aula, solicitei que me acompanhasse até a sala das especialistas para uma conversa com toda a equipe da escola, incrivel, fiquei falando sozinha, todos se retiraram e logo após me chamaram e disseram, não vamos bater de frente com o aluno, aguente ele ( aluno) com este comportamento. Foi horrível, me sinto nada. Amo a educação, acredito que uma sociedade se muda através da educação, mas, tudo em nossa vida tem limites. É apenas um desabafo que preciso fazer, preciso colocar pra fora esse sentimento de derrota.
    Boa noite…

  • Rosemary

    Oi Roseli,
    Como disse anteriormente AMO OS SEUS ARTIGOS. Você tem toda razão ,os alunos estão carentes de valores,educação essa que vem de casa.Será que vamos fazer a diferença, sendo que eles ficam somente quatro horas na escola e o restante do tempo em casa e sem contar o final de semana. Tá muito difícil. Trabalho em uma escola onde a indisciplina é grande, e me pergunto: Será que vamos dar conta…Será que vamos vencer? Além de trabalhar com conteúdos temos outros assuntos envolvidos.Sei dizer que está muito difícil dar aulas. Aguardo ansiosa suas próxima publicações.. Um abraço

  • Franceleno

    Olá Roseli
    Gostei muito do seu texto É preciso urgetemente melhorar a educação deste país e não responsabilizar tudo para o professor.É muito importante acreditar numa turma dificil de educar. O professor nos dias atuais precisa de muita coragem para exercer sua profissão.

    Um abraço

  • Jovina

    Gostei muito do texto e espero ansiosamente pela continuação do mesmo.Acho que como educadores não podemos e nem devemos desistir nunca. Nossos alunos esperam que nós coloquemos limites, já que muitos não tem em casa. Um grande abraço.

  • Aurea Lúcia de Sousa Paula

    Realmente há uma inversão dos papéis, de conceitos,de limites. Os pais, cada vez mais ausentes, apoiam a falta de limite e respeito dos filhos, recusando=se até a conhecer o outros lado. Os alunos acham que são os donos do mundo, que tudo existe ao em torno deles. Cada vez mais mal educados e desrespeitosos. O sistema não nos dá margem para exigir respeito. E os professores, seres que lutam para ensinar, deixam suas próprias ambições para alcançar uma aprendizagem desses mesmos alunos. E O PIOR AINDA NÃO SÃO VALORIZADOS, FAZEMOS POR AMOR, POR ACREDITAR, POR FAZER PARTE DE UMA RAIZ DE UMA ARVORE MORTA, INFRUTÍFERA. Mas vale a pena, falamos para trinta até nos esgotarmos, e com certeza se um ouvir, valeu a pena.

  • luciana

    POIS É, ESTA É A SENSAÇÃO QUE TENHO TODO O INÍCIO DA SEMANA. TENHO A SENSAÇÃO DE QUE ESTOU NO LUGAR ERRADO, NA PROFISSÃO ERRADA, ENFIM, É ANGUSTIANTE SABER QUE POR MAIS QUE EU FAÇA, NÃO CONSIGO ATINGIR MEUS OBJETIVOS COMO PROFESSOR E NÃO COMO PAI. É EXATAMENTE ISTO QUE EU SINTO QUE EU ESTOU NO LUGAR DOS PAIS DESTES ALUNOS E NÃO COMO EDUCADOR PROFISSIONAL PREPARADO PARA MEDIAR OS CONHECIMENTOS PELO QUAL FUI PREPARADA.

  • gabriela costa

    gostei do artigo, concordo com sua opinião pois na minha escola neste ano está com um elevado indice de indisciplina nas salas de aula, gostaria de saber mais, para poder solucionar esse problema.

  • Márcia

    Olá Roseli,
    Boa tarde.
    Gastaria de deixar registrado aqui que adorei seu artigo. Crucificar o professor já se tornou tão corriqueiro que, às vezes, me pego a pensar se realmente não estou ultrapassada, ‘jurássica’, termos que costumo ouvir de vários alunos. Alguns fazem questão de lembrar que estamos no século XXI e que as atitudes que tenho para com eles e exijo dos mesmos são coisas do século passado, como se educação, respeito aos outros e a si mesmo, dignidade, compromisso, comprometimento e tantos outros valores tivessem prazo de validade e que este já se esgotou na Idade Média. Para todo lado que o professor se vira ele só recebe críticas. É muito bom sentir que existe alguém que veja o outro lado.
    Beijos.

  • Naide Gusmão

    Oi Rosely,
    Ha três anos, trabalhei com uma turma de 5o. ano, que até hoje não consigo esquecer tamanha indisciplina. Olha que, os alunos mais indisciplinados são filhos de professoras, por sinal, minhas colegas da mesma escola.
    Tentei de todas as formas possiveis, mas infelizmente, por onde eles andam tenho noticias das suas intrigas nas escolas. Eu acho, que devemos agir pela leis, pela razão… em parceria com os pais, sociedade e político governamental. Investir em projetos, mas primeiro, investir na capacitação de profissionais para lidar com a situação. O que se vê hoje,”a falta de respeito com professores e demais funcionários de um educandário, o uso de drogas e até prostituição…” não existe ninguém preparado para enfrentar tal situação, a não ser o coitado do professor, que além de não ser respeitado nem pelos seus direitos salarias, mas estão ali dando a cara a tapa, muitos até morreram tirados por mãos de alunos. Eu sou avó, meu neto está crescendo, tão logo vai para escola, me preocupo: que tipo de escola vai receber o meu neto? É preocupante!
    Um grande abraço!
    Naide Gusmão

  • Eliédna Caires

    Boa tarde Roseli,

    Boa tarde Roseli

    Grande é a minha curiosidade quando leio os seus artigos, pela contribuição que sempre vem sendo dada em nossas práticas educativas.Acredito que na nossa missão como gestor ou professsor, independentemente de quem seja a culpa da tão generalisada “indisciplina” caberá sempre a nós educadores buscar sempre meios e ações que sirvam de antídoto contra esse mal…a AFETIVIDADE.

    Um grande abraço.

  • ana cristina

    Estou vivendo tudo isso em minha escola e estou tentando atraves de diálogos e consciêntização, para que entendam que desejo o melhor para cada um.Mas a dificuldade maior é a falta de preparo de certos professores ,querem respeito mas não respeitam os alunos,tratando-os com muita grosseria e para eles não faz diferenças já que muitos vivem desta forma em casa.

  • Ivonete Correa

    Foi muito bom, sou educadora e acredito na educação, só que no momento estou como gestora e abraço e acompanho os meus professores apoiando-os em seu trabalho, pois mais do que ninguém compreendo a posição que eles ocupam. Estou aguardando o próximo artigo.

  • Heleninha

    Antigamente, os pais eram mais presentes (mas muitos eram um saco-o filho aprontava na escola, mentia em casa a respeito do professor e o pais vinham correndo defender sua cria e nos acusar).Pelo menos isto mudou um pouco nos dias atuais, pois os pais não tem tempo ou não se interessam pelos seus filhos ( a indiferença dos pais em relação a vida escolar de seus filhos teve seu lado bom, que foi o citado acima).
    Nos dias atuais o aluno não tem bons modos, não sabem o significado da palavra não, são rebeldes e preguiçosos, aí nós entramos como o ofice boy na vida do fulano (aluno): Temos que educar, aceitar seus maus modos, dar conta da disciplina na sala de aula, pois caso contrário você é mal visto e criticado na escola, dar o carinho que as novelas não deixam seus pais darem a eles.Depois do aluno cuspir na nossa cara da tanto falar desaforos, temos que ser professoras calminhas, calminhas, pois senão estaremos sendo acusadas de estar agredindo o coitadinho do aluno com gritos. Nem pensar em cobrar a tarefa de casa.A mamãe dele não tem tempo para assinar o bilhete da tarefa que ele não fez, o governo fica o tempo todo na sua cola cobrando resultado e mais resultado, sem fazer nenhuma política cobrando a atuação dos pais… Enfim você já está quase aposentando, doente emocionalmente, fragilizada e sem reconhecimento do seu trabalho, o qual foi criticada ou perseguida a vida inteira ou pelos colegas invejososos(principlamente se você é do tipo que gosta de fazer a diferença no magistério), pela sociedade ou pelo governo.
    Enfim, um conselho: Se você ainda é jovem, pule fora desta carreira, arrume outra coisa melhor para fazer enquanto é tempo.

    Beijos

  • Débora Brito

    Excelente texto para ser discutido em reuniões pedagógicas de professores e também de pais, pois interessa a ambos. Deve fazer parte da pauta da 1ª reunião de pais e mestre com o objetivo de isentar nós professores da responsabilidade pelo fracasso dos alunos, da escola e da
    sociedade em geral.

  • Geraldo Fonseca

    Acredito que como docentes ,devemos persistir na luta para que as gerações futuras possa conservar os principios que regem a sobrevivencia humana no que tange a moral e a etica.
    Em minha pratica busco conversar com os pais dos estudantes visando compreender a rotina de cada uma e propor intervenções para o enfrentamento de problemas que vivemos diariamente com os nossos discentes.

    Um abraço,

    Geraldo Fonseca -Docente das redes municipal e particular de Vera Cruz -Bahia

  • Arnobio Magalhaes

    Boa tarde! Roseli.
    Gostei do artigo. Acredito que buscar novas estratégias ianda é a melhor solução. Somos sim a solução de muitas situações.
    Espero ansioso pelo próximo artigo.
    Um abraço.

  • Ivonete

    Muito bom o tema, estávamos precisando pois. está um descaso com o professor a indisciplina por parte de alguns alunos…

  • ana maria rodrigues de sousa

    vocês não tem ideia o quanto essas dicas estão sendo importantes para mim.estou amando.muito obrigada.

    Ana Maria

  • Eliane Leite Vitor

    Ainda ontem ( 17/03) comentei na sala que seria muito simples nós professores deveríamos entrar dar a nossa aula e sair, mas infelizmente não é assim, temos que pedir pelo amor de Deus para trabalhar, e isso esta desmotivando cada vez mais o professor e afastando muito deles da sal de aula, então precisamos do apoio da mídia e de pessoas muito influentes na sociedades para reverter esse papel, caso contrário continuaremos apenas no papel de vilão.

  • Marta

    Boa tarde,sou professora a 27 anos nunca permiti indisciplina em sala de aula.O que Piaget não resolve Pinochet decide.

  • Maria de Lourdes

    Absolutamente lúcido, esse artigo. Também penso que a estrutura atual do sistema educacional está em colapso e que, em meio a essa convulsão espalhafatosa de “direitos e liberdades dos alunos”, o professor se vê como num olho de furacão. A tristeza maior é que a INDIFERENÇA e a DESISTÊNCIA da profissão já são tomadas como saídas opcionais para o professor… (!!) enquanto que a revisão dos “direitos” dos alunos ainda nem sequer foi elencada como uma pauta possível para discussão… Quanto mal-estar, quanta destruição este furacão ainda terá de causar até que se repensem certas decisões “educativas”?

  • Bernadete

    Maravilhoso estudo, nos consola, nos leva a uma reflexÃO E MOTIVAÇÃO não devemos desanimar.
    Parabéns! Lindo Trabalho.

  • Isabel Aguiar

    Realmente, esse texto veio como uma luva para a situação do professor atualmente. Em todas as reuniões pedagógicas o professor sempre é taxado , direta ou indiretamente,como o culpado pelas notas baixas, pela indisciplina, pelo deboche dos alunos. Mas sabemos que o problema é bem mais amplo e que o professor é mais uma vítima desse sistema que cria valores novos, os quais, exaltam que o importante é sempre se dar bem em tudo, tirar vantagem, os outros que se danem. Ser correto, ser gentil, educado hoje em dia é sinônimo de idiotice. Infelizmente é assim. Nós professores somos de todos os profissionais, os primeiros a ser afetados com essas mudanças. Não é a tôa que os consultórios psiquiátricos estão lotados de profissionais da educação com depressão devido a essas frustrações.

  • Renata Zangerólame de Oliveira

    Estou gostando muito deste curso. É certo que muitas vezes o educador não encontra apoio em parte alguma, assim sendo sente-se sozinho em um mundo de problemas, e acaba por considerar-se culpado pelo fracasso do aluno, sentindo-se impotente.

  • Rosely

    Então, concordo quando é falado que temos uma sociedade diferente de 40 anos atras,é fato.Mas é muito desistimulante para todos nós, que já tentamos amenizar a indisciplina dentro da sala de aula varias vezes e cada vez aumenta o número de alunos com desinteresse, sem respeito .Sabemos também como a familia negligencia a situação,fica tudo na responsabilidade da escola. Nem os orgãos de apoio a criança e o adolescente esta resolvendo nossos problemas.Sei que não existe a receita ou a formula mágica.Se temos este problema temos que resolver, e resolver começando de onde o problema nasce.Rosely

  • Ivi Bispo

    Vxe Maria, vc é boa , muito boa. Tudo o que penso esta no que vc falou.E muitas vezes repeti aos meus colegas professores que precisamos juntos buscar soluçoes.Obrigada por me fazer nao senti sozinha

  • Leonardo Garcia-Rosa

    Concordo plenamente com o texto.
    De fato, os professores devem estar preparados para a sala de aula como bons profissionais da área e acabar com esse papo de vocação. Somos profissionais para desempenhar um trabalho importante da sociedade. Devemos nos preparar para tal, e claro, buscando melhores condições para isso.

  • Maria

    Enfim, um artigo que mostra a realidade da sala de aula nesses últimos tempos. Li há pouco tempo um livro bem interessante de Perrenoud, cujo título é: “Ensinar: agir na urgência, decidir na incerteza”, que esclarece as urgências e as incertezas da ação pedagógica. E concluí que não existem receitas com os limites que devemos dar à cada criança; isto varia muito. Creio que a maioria das crianças não possuem limites porque não conseguem enxergar o outro. Dirigindo-se à elas com firmeza, sem desamor e sem violência passamos segurança. Muitas crianças desafiam os professores para ver até onde vai sua coerência e sua firmeza. Elas percebem no nosso olhar e nosso tom de voz. Educar dá trabalho sim, mas é extremamente necessário para que nos tornemos adultos melhores.

  • Silvia

    Sinceramente, estou ansiosa por seu novo artigo. Até agora não sei como vamos gerenciar esse tipo de coisa.

  • Wagner Barbosa de Oliveira

    O seu artigo vem de encontro a toda realidade que encontramos nas Escolas Públicas de Nosso País e infelizmente as coisas tendem a piorar cada vez mais! Como você disse: Gestores desprerados, a tendência é piorar cada vez mais. Ninguém assume realmente o seu papél dentro da educação atual. Estamos vivendo uma era em que a educação não tem valor e a formação acadêmica no referente ao Ensino Superior perdeu totalmente a direção. Diplomas de pedagogia estão sendo vendidos como batata na feira. Curso a Distância virou moda. Secretarias de Educação não se preocupam com a autenticidade do que lhes apresentam.

    A culpa das coisas estarem como estão é também da Escola que somente se preocupa com número de aprovação e não tem equipe pedagógica realmente comprometida.

    Temos que analisar os dois lados da questão. É muito fácil culpar somente a família e fugir da responsábilidade.

  • Lúcia

    Rosely, sempre trazendo artigos muito bons e atualizados sobre a escola, professores e alunos. Precisamos sim desta ajuda. Muitas vezes por estarmos tão ocupados, tão emocionalmente destruidos, muitas questões passam e não são percebidas.
    Obrigada pelo alerta. Continuarei acompanhando.

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