Sala de Aula: Geração X e Geração Y

A Sala dos Professores é um local privilegiado para verificação de muitas situações, ela serve também como uma espécie de termômetro de como anda o relacionamento da Equipe com os colegas e dos Professores com os Alunos.

Assim é comum ouvirmos frases saudosistas do tipo: “ no meu tempo aluno não falava assim”, “ na minha época isso não acontecia na sala de aula”. Na verdade o que ocorre é que os tempos são outros, e os jovens também.

A verdade é que o nosso comportamento muda, a sociedade muda, a cultura muda, enfim, o comportamento dos adolescentes também sofrem mudanças.

E foi para entender o comportamento do jovem, que os especialistas em marketing e recursos humanos começaram a buscar respostas. Então categorizaram as gerações no sentido de explicar o que estava acontecendo.

Assim, crianças, jovens e adultos nascidos a partir de 1980 foram denominados como Geração Y. Nós, os nascidos nas décadas de 1960 a 1970 somos chamados de Geração X.

Para que você compreenda melhor, a Geração Y se diferencia porque é formada, fundamentalmente, de jovens nascidos imersos num ambiente virtual, onde tudo é muito rápido, superficial e dinâmico.

Aqui no Brasil, esses jovens são aqueles que cresceram durante os anos 90 à frente do videogame, conviveram com a internet, o computador, o celular e um vasto conjunto de aparatos tecnológicos.

Mas, saber disso em que nos afeta ? Em tudo !!!. Temos de lidar com esta Geração diariamente e é fundamental que saibamos como ela funciona, deste modo poderemos conduzir todo o trabalho pedagógico de modo mais eficaz.

Veja abaixo algumas posturas própria dos jovens desta Geração:

  • São Multitarefas: fazem diversas coisas ao mesmo tempo. Estudam, ouvem mp3, escrevem no messenger e vêem TV ao mesmo tempo,
  • Organizam-se em comunidades físicas e virtuais: esses adolescentes tem comportamentos coletivos e também tem valores coletivos. Basta ver quantas comunidades no Orkut falam de escolas, professores e outros alunos,
  • Valorizam o nível de atualização das informações. Por isso, não basta utilizar vídeos ou acessar a internet como recurso de apoio pedagógico. É preciso que esteja claro que as informações são as mais recentes.
  • Relacionam-se com a informação de forma abrangente, mas pouco profunda. São restritivos aos temas que não lhes agradam. A falta de aprofundamento é uma questão série – daí a dificuldade de ler jornais por exemplo,
  • Pedem retornos constantes e querem resultados imediatos. Se acham que não estão evoluindo em determinada matéria ou assunto, logo abandonam. Demandam atenção, pois cresceram assim.
  • Julgam constantemente – e vão julgar seus professores, também, a todo momento.
  • Frequentemente, fogem de suas responsabilidades. Tendem a ficar na casa dos pais e acham que as soluções dos problemas do mundo estão na mão de outras gerações, não nas deles.
  • São individualistas, mas não necessariamente egoístas. Costumam ser empáticos, pois estão habituados à vida em comunidade.

Já a Geração X, que é a geração que está ministrando aulas, faz tudo conforme sua visão de mundo, sempre solicitando que o jovem se enquadre em situações que não são as situações vivenciadas por eles, daí os famosos conflitos dentro da sala de aula.

A nossa Geração, denominada de X, não transita naturalmente neste mundo digital, somos como estrangeiros, e por esta razão precisamos aprender a caminhar nesse “novo mundo” em que os jovens são cidadãos.

A Geração X foi escolarizada dentro de um modelo pedagógico tradicional, que prima pela passividade, e por esta razão reproduz este mesmo modelo com as novas gerações, provocando assim os famosos  conflitos de relacionamento, que nada mais são que um descompasso de linguagem e postura entre as duas gerações.

Desmotivação dos Jovens:

Levando em consideração esta enorme diferença entre as Gerações, daquela que dá aula, e aquela que assiste às aulas, fica claro que os conflitos existirão em maior escala dentro da Escola, porém a causa mais grave deste choque de gerações, é a desmotivação dos jovens que se vêem desconectados do mundo da sala de aula e totalmente conectados com o mundo lá fora.

Como resolver isso ? O Professor precisa conhecer como esta nova geração pensa e age, e depois buscar novas práticas de ensino que estejam em consonância com este público. Lembre-se: o Professor não prepara a aula para si próprio, as aulas são preparadas para que o ALUNO aprenda.

Devemos ensinar não do jeito que é mais fácil para nós, e sim  do jeito que o aluno possa aprender mais e melhor. Quais adequações e ajustes você já poderá fazer para diminuir esse choque de gerações nas suas aulas ? Comente no blog.

Roseli Brito: Pedagoga, Psicopedagoga, Neuroeducadora, Educadora Financeira

49 Comentários

  • Sandra Pereira

    Esclarecedor o texto sobre as gerações. Apesar de não conconcar com essa dicotomia, haja vista a diversidade de gerações nas salas de aula e o problema do ensino continua idêntico: desinteresse total, salvo raríssimas exceções.
    PROPOSTA: Múltiplas atividades – pequenas e diversificadas, afetitividade( encontros extraclasses) e motivação de o porquê se PRECISA estudar.

    Parabéns aos colegas, li quase todos os comentários, e selecionei várias dicas.
    Como dizem meus alunos: ” Valeu”. Sandra Pereira -Saquarema RJ.

  • Elza Betania

    Apesar da minha pouca experiencia em sala de aula (18 meses), acredito que independente da geração em que nasceu cada um, todos necessitam mesmo é de aprenderem a valorizar o ser humano, muitas vezes quebro muito mais minha cabeça para planejar momentos em que eu possa passar valores para meus alunos do que em preparar as aulas de matemática, mas confesso que é bastante complicado.
    Peço todos os dias a Deus sabedoria para lidar com meus alunos.

  • Ester

    “Todos pensam em deixar um planeta melhor para as pessoas,
    quando eh que deixarao pessoas melhores para o planeta?”

  • Ester

    Acredito que nem o país nao leva a educação a serio, quanto mais querem que professor plante bananeira na sala de aula pra motivar os discentes que já perceberam que e melhor vender bananas na rua a vender aulas por miseros 360,00, como e o caso de MG…pior salario do Brasil, se nao for do mundoo….

  • SONIA

    Acredito que os valores ,como respeito … atravessam o tempo,e aí é que está residindo os conflitos entre as gerações, pois em tempos atuais os pais não estão sendo transmitindo tais valores, o que prevalece é o individualismo,a culpabilidade deles por trabalharem fora e não dar atenção devida aos filhos.Eles mesmos não reconhecem o valor ao conhecimento e ao pensamento que é ensinado nas escolas. Como é que uma geração que se diz tão antenada, informada, não conseguem em sala demonstrar esse conhecimento adquirido em internet,em comunidades… é “simples”: esses supostos conhecimento não exige deles o que mais de primordial se precisa , o PENSAR.

  • Mônica Almeida

    Achei fantástico o que pensam todos. Então eu questiono: Será que o professor não está sobrecarregado de atribuições? As mazelas da sociedade estão sendo colocadas nos ombros do docente porque é prático, é cômodo. E a família? A primeira e mais importante escola. O que é cobrado? Dá à geração Y motivação é a solução, mas quem dá motivação a geração X ? Eu creio que todos os professores buscam adequar-se ao mundo virtual e tecnológico do aluno, porém limites e regras de convivência é parte fundamental para uma relação harmoniosa em qualquer sociedade, de qualquer tempo. Ao jovem é passado a ideia de que ele é o centro de tudo. E como jovem que é, absorve o que lhe convém., pois o mundo moderno não os levam a pensar.

  • Maria do Carmo

    Quem sabe,talvez a desmotivação desssa nova geração,está exatamente no decrédito da escola,eles não veem como um espaço importante para abrir horizontes e sim como algo estático,desconectada com o mundo real,como foi mencionado no texto.A escola tem que acompanhar os avanços que a nova era exige. O que eu percebo é que a escola ensina de um jeito e a sociedde cobra de outro.Ambas andam em contra mão.

  • elma

    Ótimo artigo,porém o que está faltando nos jovens são VALORES.

  • Fabrício Garcia

    Colegas de batalha, nossa profissão tem sido tratada com desrespeito por anos, destaco aqui o desrespeito vindo quase que integral dos nossos “queridos políticos”, já me convenci, boa parte deles tem medo do que fazemos em sala de aula com a cabeça de nossos alunos, a verdade é que deve ter pouca gente que pensa nisso. Boa parte de nossos políticos são ignorantes,foram eleitos de maneira duvidosa,boa parte mesmo, o político que estudou um pouco que seja, que tem formação na área, escolheu ser desonesto, como ele conhece melhor a lei, ele tira benefício dela, e assim entra ano e sai ano vai ludibriando a sociedade. O que me deixa triste é que a falta de identidade vem sendo aplicada de maneira eficaz pelos nossos governantes, nossos alunos num sabem o que querem da vida, nem mesmo quem são, mesmo aqueles que já estão quase saindo pra iniciar uma jornada universitária( se é que eles sabem o que é isso, já fiz o teste, poucos sabem.)Nossas escolas publicas são precárias mesmo, e a gente sabe que não é atoa, tem que ser desmotivante pessoal, porque políticos, super empresários e parte da nossa sociedade pré-capitalista precisa de funcionários, ou seja, quem vai trabalhar nas empresas dos filhos deles? alguém tem que fazer o serviço ruim né? É muita sacanagem num é mesmo? Professor fale isso pro seu aluno,diga a ele que o futuro que lhe espera pode ser meio chato na realização profissional e financeira, diga a eles que políticos não são seres confiáveis, que político se borra quando vê gente humilde e honesta crescendo e se desenvolvendo socialmente,ou seja, ocupando o espaço que seria do seu filho,sobrinho do seu afilhado e de toda linhagem nepotista que nossos políticos administraram com maestria e que ainda dão os jeitinhos deles!Pois é, como dizem por aí que a gente finge que ensina e eles fingem que aprendem, tira um tempinho e administra esse conteúdo que sugiro aos colegas, no final o bendito sistema vai acabar aprovando quase todo mundo mesmo,num pode reprovar mais como antes né? Sua aula não será em vão, e aqui pra nós,maior parte do tempo a gente gasta organizando a farândola em sala do que ensinado nossos conteúdos, então, ótima oportunidade de diversificar a aula, levem pro pátio, pra área aberta da escola, debaixo de uma árvore, sua direção vai ficar até feliz com sua performance! Mas tem o detalhe, a direção de sua escola pode ser de origem partidária, aí você e sua aula podem sofrer a famosa censura, nessa hora eles podem usar os métodos tradicionais, rs.

    Um salve respeitoso a todos colegas de profissão, tirando o tom meio irônico do texto acima, acho que a coisa tá feia mesmo,ironia por ironia ainda é pouco comparando ao que o sistema faz com a gente e por consequência com nossos alunos.abraço a todos.

  • graça lins

    “Colegas de trincheira”, somos os profissionais mais importantes e imprescindíveis para o país. A coisa está mudando. É só acompanhar a preocupação de prefeitos e governadores com a pontuação do IDEB de seus Estados.
    Professor que cruza os braços os alunos têm resultados baixíssimos nas escolas que leciona.
    Assim, a pontuação desaba. Portanto, todos dependem politicamente do nosso desempenho para apresentar-se bem nacionalmente com melhores índices no IDEB, ENEM, PROVA BRASIL e demais avaliações externas.
    O que nos falta? respeito do aluno, famílias responsáveis pelo percurso do filho na escola, e valorização do nosso trabalho pelos poderes públicos que passa por salário digno e justo.
    Aqui em Pernambuco, recebemos o pior e mais baixo salário do país.
    Avante Geração X que nunca foi passiva e sempre participou das lutas libertárias por uma educação de qualidade.

  • Tânia Aparecida da Silva Santos

    Em primeiro lugar parabéns Rosely, pelo artigo muito bom e achei bem interessante.
    Concordo com você Janaína, é isso mesmo a maioria dos jovens estão carentes,pois os pais não tem tempo para os filhos e quando tem,não querem assumir tal papel e tão pouco a responsabilidade e o dever de educar e dá limites a seus filhos.Lógico que ainda há pouquíssimas exceções.
    Concordo também com Fabrício Garcia quando fala da falta de respeito dos alunos com o professor,e quando ele se direciona ao professor como “voluntário multiuso”.

  • Elane Silva de Oliveira

    Excelentes comentários dos colegas. Na realidade, precisamos é buscar meios nos quais possamos atrair mais e melhor a atenção dos alunos.Uma situação real que podemos fazer é estar sempre antenados aos problemas que mais os pertubam e buscar junto com eles soluções.Saber o que gostam e preferem, trabalhar mais com a realidade.

  • cleuza almeida

    Agradeço inicialmente todo esse trabalho da Rosely neste projeto S.O.S Professor, que escancara a riqueza de educadores brasileiros, como ainda estão comprometidos com o debate educacional, apesar de toda mídia e os governos jogarem a culpa na “incompetência” de nossos professores.A sociedade não está entendendo que o problema da juventude não é responsabilidade apenas de professores. É necessário lideranças espirituais,políticas,culturais de todos os segmentos que mostrem um trabalho digno, que mostrem que o conhecimento tem valor e que não é mercadoria. É necessário fóruns de debates que agitem o país para trazer para o centro das atenções, o bem coletivo, a justiça, a cultura popular, a história de cada local, a participação com direito de decisões, a distribuição de rendas, enfim a construção da sociedade por cada um de nós.
    Não vai adiantar nenhuma reforma educacional se não revolucionarmos os valores morais e espirituais.
    É necessário voltarmos a construção da democracia popular.
    As gerações sempre terão conflitos e graças a Deus, porque sem conflitos não avançamos para melhores situações de vida.
    Parabéns a todos que estão cedendo seu tempo para dizer o que pensam. Imaginem se estivéssemos cara a cara , decidindo ações conjuntas. Algo iria acontecer. Abraços. Continuemos falando.

  • Lucimery Santos

    Adorei a materia vocês estão de parabéns.

    beijos!

  • Fabrício Garcia

    Muito interessante o artigo, em relação ao conflito de gerações no caso X e Y, concordo com a evolução,ela deve existir mesmo, nós professores temos que acompanhar as mudanças tecnológicas, culturais e outras, mas não acho interessante termos que quase nos submetermos a certas mudanças que na grande maioria nas escolas públicas de ens.fundamental e médio ao meu ver são consideradas mudanças involutivas, como o desrespeito com o professor. A geração Y pode, e até mesmo deve ser tão evoluído e atualizado quanto a geração X, mas não concordo que certos valores sejam deixados de lado, valores tradicionais mesmo, como respeito e a simples educação que permite a geração Y ter o professor ainda como uma referência uma possível fonte conhecimento a ser explorada e vivenciada pacificamente no ambiente escolar, só não posso concordar com uma possível realidade, onde uma fatia significativa da geração Y se posiciona inspirada em valores desrespeitosos. Como professor até aceito e entendo que o barulho seja um pouco maior que na minha época, que as carteiras estejam de maneira menos organizada em sala, posso até falar gíria pra familiarizar com a linguagem deles, o que num dá pra mim fazer é, ser submisso a um sistema educacional irresponsável, um sistema descontrolado que não consegue diferenciar um aluno de um “marginal” atuante na escola,como se fosse normal, e aqui pra nós,se um professor der um tapa num aluno, é punido de tudo e todas as formas, da processo de tudo quanto é lado, mas, a nossa querida “geração Y” tecnológica e etc, da cadeirada, tapa, soco, chute, esperneia, xinga, joga merenda no chão,no colega, no teto, quebra vidraça, agride a si mesmo,foge, pula muro pra sair e pra entrar,anda armado, atira,mata e o escambal,enquanto a geração X por pouco não se transforma numa espécie de voluntário multiuso que faz de tudo um pouco, tipo, psicólogo,assistente social, médico, pai, mãe, tio, avô e outro escambal pra variar, seria muito dramático, se num fosse real né? mas é!infelizmente. E tanta tecnologia pra chegar nesse ponto, melhor voltar pra era da maquina de datilografar que ta mais paz e amor.Pra fechar,não estou frustrado com minha profissão! abraço a todos professores colegas de trincheira!

  • silmara

    Concordo que não podemos comparar os nossos alunos com os que fomos, o cenário hoje é outro, muinta informação, tecnologia, mas, mesmo com tudo isso nossos jovens não estão aprendendo como antes, estão desinteressados, os pais estão jogando a responsabilidade toda na escola de educar seus filhos

  • Maria Alcântara

    Olá, Rosely.
    Gostei muito do artigo e sei que hoje temos que nos adequar as novas tecnologias de comunicação para acompanhar o ritmo dessa nova geração, assim como sei que muitos de nós estamos procurando meios para tanto.

  • Creusa Silva

    Quem falou que nossa geração foi uma geração passiva? Discordo totalmente.Participamos de movimentos estudantis vitoriosos e como profissionais criamos bons sindicatos mas deixamos a peteca cair, noas acomodamos,temos algumas escolas bem equipada e gestores particiativos mas os professores cheios de pós para melhorarem seus rendimentos esquecem de levar o aprendizado para dentro da sala,dessa forma não dá para acompanha o pique dos alunos perdendo o interesse e o respeito dos mesmos

  • Creusa Silva

    Discordo que nossa geração tenha sido uma geração passiva, a prova disso foram todos os movimentos estudantis que provocamos e que muitos deles fomos vitoriosos,estávamos sempre envolvidos com os problemas sociais ,etc. O que acontece agora é que os professores se acomodaram, existem escolas muito bem equipadas e com gestores participativos mas os professores que fazem tantas pós não conseguem ou não querem dinamizar seu trabalho,assim fica difícil a participação e respeito dos alunos, o professor tem dificuldade de planejar, de avaliar e pricipalmente de lidar com a problemática do alunado.

  • paulo robson

    CREIO QUE O MELHOR MÉTODO OU PRÁTICA PEDAGÓGICA É AINDA O USADO NA ANTIGUIDADE,POR SÓCRATES, MAS QUE JÁ ERA ULTRAMODERNO.A MAIÊUTICA SOCRÁTICA,OU SEJA,O DISCENTE TEM QUE “PARIR” O SEU CONHECIMENTO,O SEU CONCEITO.ELES JÁ SÃO UM LIVRO VIVO, E O PAPEL DO PROFESSOR É JUSTAMENTE AJUDAR NO “PARTO”.COMO A ESCOLA PERIPATÉTICA,QUALQUER LUGAR É UM MOMENTO DE APRENDER,POIS SOMOS ETERNAMENTE APRENDEDORES.SEJA NA ESCOLA,EM CASA,NA RUA, E ATÉ MESMO NO SONO.PRECISAMOS DESENVOLVER SIM,MAIS TÉCNICAS E RECURSOS QUE PROPICIEM ESSE “PARTO” E QUE NÃO SEJA TRAUMÁTICO,PARA AMBAS AS PARTES, PORQUE AFINAL ESSE PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM FAZ PARTE DAS NOSSAS VIDAS E TEM QUE SER PRAZEROSO E MUITO,MAS MUITO APAIXONANTE!

  • Carina

    Todos os conflitos, desmotivação e desinteresse do alunado é culpa do professor? Gerações X e Y é fato, mas não justifica que é isso que gera a falta de interesse do aluno. O fato é que os alunos, falo os da escola pública, pelo menos a maioria, não têm consciência do valor deles na sociedade. Acreditam que, pelo fato do ensino público estar sempre um passo atrás do particular, são realmente alunos carentes: de conhecimento, de família, de estrutura emocional, dentre outras carências. Cabe ao professor desmistificar esse pensamento e valorizar a clientela que tem em mãos. Isso é que os tornam cidadãos conscientes.

  • Maria Rosalva dos Santos

    Os conflitos entre gerações é muito grande entre a geração X e geração Y. Eu não consigo nem imaginar o futuro da humanidade se baseando na geração atual e nas mudanças tão rápidas que está ocorrendo especialmente os novos conceitos e valores que está se estabelecendo.
    A desestruturação familiar é a grande responsavel pelas dificuldades dos jovens. O sistema educacional como um todo tem o papel de ajudar a formar cidadãos e deve adequar se, buscando participar dos novos tempos onde se estabelece novos paradigmas.

  • Simeão Rosa

    Gerações X e Y é fato. O texto acima tem supervalor para subsidiar o entendimento da dinâmica do universo estudantil, especialmente quando se trata da convivênvia de educadores com estudantes e estudantes com estudantes. A tecnologia chegou. E chegou para ficar, isso no mundo inteiro. A linguagem tecnológica é mais uma das linguagens que as pessoas terão que usar, isso é uma lei. Desse modo, a escola e a geração X terão de se transformar diante dessa realidade, pois se tornarão mais atraentes, menos conflituosas, mais inteligíveis. Agora, para a geração Y seria importante favorecer a escola com um ambiente escolar de verdade: com respeito, sustentabilidade, espiritualidade, cientificidade, enfim com valores que caracterizam o desenvolvimento humano, de Ser, mesmo recheado com tecologia. Esta atua como benefício, não como vilã na formação de gente.

  • VALNEIDE MATOS

    GOSTEI DOS COMENTÁRIOS DOS MEUS COLEGAS; COM ALGUMAS RESTRIÇÕES.
    É NECESSÁRIO A PARTICIPAÇÃO DA FAMILIA PARA QUE POSSAMOS ATINGIR UMA EDUCAÇÃO ONDE TODOS SEJAM FAVORECIDOS.

  • katia adriane

    Exatamente temos que nos adequar, a esses novos acontecimentos, novos paradigmas, tanto na profissão, quanto na nossa rotina.A escola, professor não é mais a mesma.Vivemos em um tempo mutante que, pela complexidadede várias questões e conflitos,nos dá a certeza de que estamos no alvorocer de um novo tempo.Um tempo que, se espera, seja de grandes realizações, de grandes avanços.
    Acredito que diante de tanta informação, nosso papel é o de ajudar a construir sua identidade, que será sempre única e singular, levando-o a transformar-se e entender criticamente a evolução tecnológica e adotar valores para uma criação de mundo melhor para si pŕoprio e para os outros.Li os comentários dos colegas e achei muito válidos e interessante.

  • Regina

    Acredito que um dos problemas é que nos sentimos mais professor que propriamente educador. Ainda não aceitamos que os tempos são outros; o jovem é outro, com outros interesses.
    Passaram pelas minhas mãos alunos que acreditei serem nada. Porém, quando entro em um estabelecimento e vejo um deles trabalhando (não é muito comum), com formacão acadênica, sinto o maior orgulho.
    Mas o que deixa o professor sem chão é o que acontece dento da sala de aula, onde só ele sabe da falta de interesse em aprender o básico: ler e escrever, bem como as quatro operacões. Coisas que serão cobradas do aluno fora da escola. Dói no professor, também, quando ouvimos críticas a respeito de jovens que não sabem o básico, mesmo com diploma do Ensino Médio naa mãos. A sociedade cobra de nós como se fôssemos os únicos responsáveis pela aprendizagem do aluno. A família se ausenta em tudo, até pela formacão de boas maneiras. Por isso devemos ser mais educadores e menos professores. Devemos assumir esse compromisso conosco mesmos.
    Está nas nossas mãos formar cidadãos mais humanos. ISSO É FATO.

  • Marinalva Santos

    A desmotivação do aluno não é somente resultado de conflito de gerações. Não acredito nisso! Eu mesma já tentei e sempre tento inserir nas minhas aulas, tecnologias, jogos e tantos outros instrumentos sugeridos por especialistas em educação. Mas somente quem está no dia-a-dia em sala de aula é que sabe que não é bem assim que as coisas funcionam. Durante uma aula no laboratório de informática onde apresentávamos a geometria de uma forma lúdica, um dos alunos fez o seguinte questionamento: “Quando iremos começar a aula”? “Quero do jeito que cai no vestibular” Foi um balde de água fria e olha que era apenas uma aula intodutória do conteúdo. È muito cômodo associar o fracasso da educação ao desempenho do professor em sala de aula, quando, na verdade, vivemos uma escola arcaica e decadente e onde o bolsa família tornou-se o principal agente motivador do aluno ir a escola. Tecnologia é um meio e não um fim para a educação. Pensem nisso!

  • Terezinha

    Gostei muito do artigo,é muito feliz quando diz que o aluno estar mais atento ao mundo fora da escola, mas o que o professor tem que fazer é conscientizar alunos e fazer ele discenir tudo aquilo que lhe apresentado e ensinado que tudo na vida tem suas vantagens e disvantagens.

  • Wilson

    Achei perfeito esse artigo sobre essas gerações. Sou da geração Y, sou professor e procuro a todo momento motivar minhas aulas e, consequentmente meus alunos. Sou também coordenador pedagógico e sempre que um professor me reclama sobre determinada turma ou aluno, o incentivo a rever suas aulas e a se colocar muitas vezes no lugar do aluno. É óbvio que nem sempre o aluno tem razão, mas é preciso entender o tempo em que ele está para darmos o suporte que ele precisa. Graças a Deus tenho tido muito sucesso com essa prática.

  • Valberto Alexandre

    Também concordo em partes com o texto colocado, mas não podemos permitir que banalize nossos valores. Sabemos como docentes a responsabilidade que temos para com os nossos alunos, abraçar nossa profissão como sacerdócio, em um intuito de mudança para uma educação não só de cidadania, mas de conteúdos no desenvolvimento intelectual em qualquer ser humano.

  • jocelma

    olá recebo sempre os seus email SOS estou fazendo graduação em pedagogia e estou precisando de carga horaria pra cursos,gostaria de fazer on laine e gratuito,vc pode me ajudar

  • Rozzane de Castro Mota

    É natural que as opiniões se diferem, porém, é exatamente aí que encontramos respostas para um tantão de situações que vivenciamos na sala de aula e na escola.Vejo crianças maravilhosas, dóceis pedindo amparo, limites; outras completamente perdidas por desconhecer também limites, amor e amparo.E cada uma grita como sabe.
    Da mesma forma colegas(professores)perdidos que se identificam com essas crianças e adolescentes, e se eles não dão conta de resolver os seus entraves, é natural que jamais conseguirão sucesso com tais alunos.Precisamos nos encher de amor, abraçar a causa e fazer nossa parte, independente de quem errou lá atrás.A palavra e o lema é “AMOR”.

  • Eliene

    Concordo em parte com as colocações dos colegas, mas acredito que a desestrutura familiar é causa principal de tudo que estamos vendo acontecer com os nossos jovens. Nos educadores que precisamos trabalhar sessenta, oitenta horas para poder sobreviver temos tido tempo de acompanhar os nossos filho? Como estão eles nas escolas? A escola nunca dará conta de tudo. A nossa parte é feita quando tentamos nos adequar as novas tecnologias, levando para sala de aula temas que são do interesse dos nossos alunos.

  • Gislaine Marçal

    Caros colegas, concordo plenamente com suas opiniões, a escola durante muito tempo dizia dar conta do recado com seu ensino tradicional e dessa forma tirou toda a responsabilidade dos pais, hoje a escola perdeu as rédias e convoca desesperadamente esses pais que simplesmente respondem: “A RESPONSABILIDADE É DE VOCÊS, SE VIREM” e o resultado de tudo isso hoje é um número exorbitante de professores frustrados e sobrecarregados.Precisamos sobreviver em meio a tudo isso!

  • Cláudia

    Lido com essa geração há muito tempo e sei que apesar de todo conflito é uma relação rica pois em determinados momentos somos cúmplices e aí eles sentem que relamente ainda podemos ajudá´-los.
    que a tecnologia não é útil nem proveitosa se não houver um boa orientação para sua aprendizagem e para sua vida.
    Enfim aprendemos com a nova geração e eles acabam descobrindo que precisam de nossa ajuda também, apesar de serem bem mais questionadores do que éramos.
    Acho rico esse relacionamento professor aluno.

  • Janaína

    keila moreira

    Concordo com você! A maioria são carentes de afeto e tentam encontrar apoio no professor. Pois essa “geração Y” é criada pelo computador e tv. Não por seus pais, que muitas vezes quando tem tempo para ficar com os filhos “despacham” para outros ( vó , dinda,empregada, cuidadoras…) oueletroeletrônicos, pois querem descansar! Se omitem de suas responsabilidades.Permissivos “até dar com pau!” Ensinam ,isso ensinam, a se vender- se você fazer…você ganha…nada de responsabilidade! Nada de deveres, só direitos! Nada de consequências dos teu atos, mas a culpa é do mundo, menos tua! E por aí vai…

  • Andrea BPV

    Primeiro dos seus posts que realmente me decepciona.
    É claro que precisamos entender o mundo dos nossos alunos, isso é tão básico! Aliás toda geração foi afetada por toda tecnologia de sua época. (Antes da net a babá eletrônica que nos eriçava os cabelos era a TV. Quem não se lembra?)
    Sou professora desde 1986, sou usuária da internet e de toda tecnologia que tenho em mãos. Auxilio meus alunos nesse uso de igual para igual, ministro aulas dinâmicas e todos os etc que me são cobrados, eu faço. Faço mais quando conto histórias e paro para exercícios respiratórios e de quase meditação… Tenho plena convicção de que não sou uma professora em frente a alunos enfileirados e automatizados. (Aliás o trabalho em nossa sala de aula, é feito sempre em grupo.)
    Com tudo isso é latente a falta de maestria desses pais com seus filhos, o quanto esses alunos clamam por autoridade, por um modelo que possa lhes trazer segurança.
    Acolho os alunos como indivíduos que são,e encaminho-os como cidadãos; que obviamente, terão direitos e DEVERES. Educação é isso.

  • Vanderli Pereira Conrado

    Meu ponto de vista, o que acaba com ensino é a sala de aula muito cheio, com 35 alunos.Muitos chegam no ensino médio mal acostumado . Não gostam de fazer exercicios.(A televisão, computador dar tudo pronto, os jovens de hoje não gosta de pensar) O sistema quer é quantidade, não qualidade.A culpa sempre é do professor.Os pais só querem resultados positivos. Quem vive a realidade em sala de aula que sabe. Tudo é um faz de conta.

  • Celia C. Barreto

    Preocupo-me bastante com a carga de responsabilidade que o professor carrega. Ele tem que se renovar a cada dia e se tornar mais e mais comprometido com a construção de novos conhecimentos do aluno, com a transmissão de valores por que a familía em sua grande maioria não se preocupa com este aspecto,tem que ser psicólogo, assistente social, nutricionista,pai, mãe e aí?Como se doar tanto para fazer um trabalho de qualidade? O seu dia é desgastante diante de tantas atribuíções.
    Sem contar que para a família o aluno tem sempre razão, não mente etc… etc..e o que lhe resta? Amar o que faz e lutar para fazer cada vez melhor. Caso contrário terá que procurar outra profissão

  • ALUIZIO MEDEIROS

    Pergunto a você, Rosely, como fazer para prender a atenção dos alunos durante as aulas? Noto que falta algo para que os mesmos queiram o assunto da aula. Estou tentando encorajá-los fazendo elogios e me fazendo seus amigos. Estou conseguindo o que eu queria: bom aproveitamento por parte deles. Aulas práticas e de campo estão fazendo bem a mim e a eles. Obrigado e me responda.

  • carla

    assunto interessante. o problema é que sabemos o que se deve fazer, ainda nao encontramos o como fazer. concordo com colegas que o formato de ensino que se tem na escola deve ser mudado, atualizado. como foi dito no artigo – “a verdade é que o nosso comportamento muda, a sociedade muda, a cultura muda, enfim, o comportamento dos adolescentes também sofrem mudanças” – entao a escola deve acompanhar essas mudanças. tem-se a impressao de que os professores estao agindo sozinhos no quesito inovar o ensino. é preciso que a escola possa mudar…..a começar pelo horario de inicio das aulas. varias pesquisas ja demonstraram que o adolescente acorda tarde e dorme tarde. exigimos que o aluno esteja desperto e com interesse pela materia às 7h15 da manha…..pensemos nisso.

  • keila moreira

    É difícil, mais não impossível lidar com os alunos de hoje.Eles na maioria são carentes de afeto e tentam encontrar apoio no professor.Só que eles tem dificuldade de externar seus sentimentos , pois muitas vezes apresentam-se rebeldes. Então, é necessário perspicácia do professor, coordenador, enfim de todos que fazem a escola , pois eles são muitos.

  • Rosinha

    Acho que nossos alunos aprenderam cedo que “o brasileiro sempre dá um jeitinho”.O professor sempre tem que dar um jeitinho para aprovar 80% a 90% de seus alunos ( muitos destes não querem sequer fazer suas tarefas diárias, muito menos estudar para fazer uma prova). Ele sabe que no final do ano, poucos irão ser reprovados, pois se ele for reprovado, o punido será o professor e não ele (Com avaliações o acusando de baixo desempenho). É claro que sendo assim, como o aluno é imaturo, ficar em frente a tv, computador ou outras distrações modernas é bem mais agradável mesmo que ele não esteja aprendendo nada. Faça perguntas simples ou peça a estes alunos para resolverem problemas bem simples para ver… Eles não conseguem resolver quase nada. Então isto não significa que nossas aulas estão arcaicas( mesmo porque eu sou um exemplo que para vários alunos,você pode usar retro projetor, data whou, jogos, material pedagógico e outros e nem assim eles estudam). Se ficar em frente aos aprelhos modernos fizesse aprender, teríamos a geração mais bem informada de todas as décadas.

  • Rômulo

    Oi Nayara
    Gostei do seu comentário . Penso que o formato desta escola que hoje conhecemos necessite de outro modelo que tenha uma concepção e formato
    coerente que contemple esta geração movida a energia pessoal provida da ansia de buscar viver o momento presente de forma quase inconsequente.

  • Jaguaracy Conceição

    O que está faltando é educação doméstica e também afeto. Como docente de escola pública vejo muito o que afirmo. Quando dirigi uma escola vivenciei uma situação em que a falta de afeto era visível e os(as)companheiros(as) diziam que eu estava defendendo vagabundo. Essa não participação discente é realidade e creio que global.

  • Nayara

    Bem,

    Eu também sou da Geração Y (nasci em 1987) e nem por isso tenho maiores facilidades no trato com os alunos mais novos. Tento sempre inovar levando informações que estabeleça links entre o universo dos adolescentes e o conteúdo e ainda assim, não tenho obtido muito sucesso em fazer com que os alunos participem e interajam. Será que não é o formato do que conhecemos como escola que tem que passar por transformações? Sinto que nada do que eu traga para a sala de aula pode mudar a ideia que eles têm da escola como um lugar monótono.

  • claudia

    Acredito que realmente vivemos em um mundo tecnológico. Mas os jovens a todo momento nos dão sinais que querem rever tudo isto. Estão carentes, sozinhos, desapontados. Não me sinto fora do mundo q este jovens vivem. Já que minha vida profissional sempre foi muito ligada a informatização.Acredito sim que podemos aliar os avanços com os sentidos de SER humano. Isto é, podemos aliar a tecnologia ao abraço. Não acho que eles vivem em outro mundo. Acho que eles não conheceram o nosso mundo: amor, respeito, carinho e fidelidade.
    Proposta: Vamos mostrar para eles que vale a pena viver um mundo fraterno? Só depende de nós !!!

  • Jane Gomes

    Analisemos esta frase do artigo:”…a causa mais grave deste choque de gerações, é a desmotivação dos jovens que se vêem desconectados do mundo da sala de aula e totalmente conectados com o mundo lá fora”.
    Percebo que não é bem por aí. O que falta é Disciplina que delimita, direitos e deveres, que em qualquer geração nos leva a sermos mais éticos e competentes. A Educação é mais que uma adequação à “atualidade”.

  • Eliseu Couto

    Muito bom o artigo!!

    E o que fazer quando você experimenta de tudo e ainda assim perceber que não rendeu muito? Será que se rende com alunos superficiais? Ou o professor terá que adequar à superficialidade?

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *